Mãe
Foto de Askar Abayev no Pexels Em 1988 eu era uma adolescente de 16 anos que tinha acabado de resolver um mal entendido entre a minha mãe e a junta médica que acompanhava o meu desenvolvimento em decorrência das sequelas da poliomielite. Minha mãe, uma pessoa muito simples e sem instrução cujos valores eram calcados na sua formação católica havia me repassado desde criança uma informação dada a ela pelos médicos de que em algum momento até os 18 anos de idade eu poderia recuperar meus movimentos e voltar a andar sem o uso de órteses. Apesar da crença fervorosa que a mantinha esperançosa eu mesma nunca acreditei de fato nesse hipótese já que tenho e sempre tive uma mente científica. O empirismo demonstrava inequivocamente que não haviam traços de recuperação que justificassem tal expectativa e como nesse momento eu já me virava sozinha, ao ir em uma dessas consultas de rotina eu resolvi perguntar ao médico se essa informa