Eu não vou dar um único passo atrás. (com o auxílio luxuoso de Edi Silva)
Tenho orgulho de ter tido a coragem de assumir a minha transgeneridade e ingressar na comunidade LGBTQI+ em um momento especialmente complicado da história deste país. Não só porque a situação complexa em que eu me encontrava na vida exigia uma tomada de decisão radical que abarcava questões de psicologia, saúde e sobrevivência, mas também porque o Brasil, o país onde eu nasci e cresci, a minha pátria mãe, em um momento tão delicado, precisava de seus filhos mais despertos. Uma horda de zumbis pseudo nacionalistas, pseudo cristãos e pseudo cidadãos de bem saíam de seus esconderijos vestidos de amarelo para tomar as ruas e instituições. Essa doença social chamada fascismo precisava ser combatida e cada pessoa consciente de sua responsabilidade social sentiu e ouviu o chamado. Muitos, entretanto, se acovardaram e preferiram o conforto do silêncio, pois é mais fácil passarem despercebidos quando ninguém sabe o que eles pensam. Não tenho orgulho entretanta, de ser deficiente, iss