Surge uma heroína trans...
E eis que surge uma heroína trans...
Heroína porquê? Ser mulher em um país como o nosso já é por si só um ato de heroísmo. Ser mulher trans então, nem se fala!
Meliphera (Appis) é uma garota trans de meia idade. Diz-se garota porque toda trans é uma, independente da idade. Sendo uma millenial nascida no ano de 1999 completou 39 em 2038, ano de referências de uma das suas incríveis aventuras (ou seria desventura?) e começa a atravessar a inevitável crise da meia idade, tarefa um tanto difícil para quem tem sobrevivido às idas e vindas de um sistema sócio-político caótico acompanhado de uma epidemia que parece nunca ter fim. Essas são as principais características da realidade a qual ela está inserida em um futuro distópico próximo.
Meliphera fez uma transição tardia, depois de vários relacionamentos heteronormativos frustrados finalmente entregou-se ao estudo da causa de sua agonia e entendeu-se mulher. Por esse motivo não conseguiu adquirir uma forma totalmente feminizada para o seu corpo já que havia desde a puberdade formado características masculinas devido aos hormônios. Ainda assim, com 1,72 de altura, corpo magro e atlético, pele moreno-claro, cabelos negros lisos e olhos verdes é uma mulher desejável, a sua natureza ambígua desperta inquietude em quem estiver em sua presença, costuma atrair a atenção tanto dos garotos quanto das garotas.
Com o tempo aprendeu a se vestir e comportar de forma muito peculiar causando frisson por onde passa.
Embora as vezes se comporte de forma dúbia e tropegante Meliphera tem um caráter firme fortemente ancorado aos seus princípios dos quais jamais abre mão, isso inclui valores como a amizade expressa através do relacionamento com sua melhor amiga Ariel que um dia, antes da transição, fora sua namorada.
Meliphera colecionou ao longo da vida uma vasta gama de experiências estranhas relacionadas a parapsicologia, viagens alucinantes, encontros com entidades deste e de outros mundos e realidades paralelas as vezes assustadores mas nunca deixados de lado dada a sua natureza arredia e curiosidade capazes de impulsioná-la para aventuras intensas quase sempre ignorando o perigo.
Mas isso ainda é café pequeno comparado aos desafios que se apresentam em seu universo interior, um campo de batalha onde há uma luta permanente pela aceitação de si mesma, a construção da auto imagem ideal, a insegurança em se atirar aos relacionamentos e a necessidade de se impor enquanto ente merecedor de seu espaço nesse plano.
Assim é Meliphera, as vezes forte e intensa, as vezes meiga e incorrigivelmente romântica, as vezes pragmática em excesso mas sempre uma ótima companhia.
Te convido a conhecê-la melhor nas próximas linhas de suas estórias incríveis.
Boa leitura
Débora Zimmer
Maravilhosa !
ResponderExcluirNossa também achei super da hora !!!Mara
ResponderExcluirEita eita... temos um acompanhamento a seguir por aqui!
ResponderExcluirEita eita... Temos um acompanhamento a seguir por aqui
ResponderExcluirAqui em casa são 2 fãs 💜
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