Você é guitarrista?  Adora fazer a guitarra chorar pisando no seu wha wha enquanto a platéia vai ao delírio, né? E quando o wha wha sabota o seu solo fazendo você parecer um DJ arrastando a agulha no vinil? O que você sente, frustração, ódio, tristeza, tudo junto? E quando você leva o seu pedal em um técnico e descobre que o potenciômetro original custa quase R$ 300,00?     Cry Baby, cry!!!     Não se desespere, saiba que essa garota super poderosa aqui encontrou uma solução definitiva para os seus problemas. Definitiva mesmo! Nunca mais você vai ter problemas com esse maldito potenciômetro.     A solução é a troca do elemento resistivo do potenciômetro por um conjunto de LED/LDR devidamente ajustados mecanicamente para produzir a mesma curva resistiva.     Bom, é claro que isso não é nenhuma novidade. Os pedais Morley usam essa tecnologia (que por sinal é muuuuito antiga) há décadas. Porém os pedais Morley tem circuitos e estrutura física interna diferentes e o que é feito aqui

          Olá miguxas e miguxos. Já faz um tempo que eu não posto nada sobre eletrônica, não é? A última vez foi quando eu ainda era aquela outra pessoa. Pois bem. Dadas as circunstâncias eu voltei a trabalhar com manutenção de equipamentos mais por causa dos amigos que precisam desse serviços e muitas vezes não tem a quem recorrer do que por causa do dinheiro que poderia ganhar que não costuma ser muito. Melhor de dois mundos entretanto.      Um terceiro fator é que é uma atividade que exige atenção e concentração além de pesquisa e atualização, isso é bom para manter a mente ocupada especialmente nesses tempos de pandemia.  E também é bom pra tirar uma onda acrescentando mais um tópico no rol de habilidades dessa que vos escreve, uma garota super poderosa.     Sem mais delongas, para iniciar os trabalhos dessa série intitulada "Coisa que toda garota trans deve saber fazer" vamos consertar um pedal Delay. O paciente em questão é um pedal importado da China da marca Axcess, u

                                                              Foto de  Mwabonje  no  Pexels     Cada um de nós encerra dentro si um pequeno universo, uma bolha pessoal onde vivemos nossos dramas, frustrações, conquistas, alegrias, sofrimentos e aprendizados. Como rainhas e reis em nossos castelos somos os protagonistas de nossa própria estória, tudo mais é periférico. Ao longo da vida permitimos que outros penetrem essa bolha, uns ficam por mais tempo que outros e como cada um é o chefe da própria casa lhe é dado o direito de decidir quem fica, quem sai e quanto tempo permanece. Isso faz muito sentido na teoria, na prática não é assim que funciona. Muitas vezes pessoas invadem nosso espaço mesmo sem nossa permissão ou nos conduzem a aceitar sua entrada e tocam o terror em nossa vida. Nesses momentos precisamos ser fortes para por ordem na casa novamente. Em compensação, outras vezes pessoas chegam e ocupam cadeira cativa em nossa casa e sua companhia é tão agradável e enriquecedora qu

          Foram quase 40 anos até esse momento. Uma agonia sem fim que se arrastou por tanto tempo que achei que nunca fosse terminar. Mas terminou. O momento de libertação pedia enfim um registro dessa experiência terrível, para além disso precisava ter toda a sua carga emocional negativa convertida em algo positivo e útil. Mais uma vez a arte cumpriu a sua função catalisadora esculpindo a matéria bruta e libertando a sua essência numa sequência de sensações ora de perplexidade e mistério, ora sombrias e agonizantes, ora confortantes e esperançosas ressignificando a jornada da auto descoberta da personalidade humana muito à frente da ditadura da bipolaridade. E assim, da necessidade surgiu quase que instantaneamente a Odisseia da Transmigração em um arroubo de criatividade, uma obra em que ouso desafiar o ouvinte a imergir no universo da diversidade de gêneros e compartilhar as suas peculiaridades, dificuldades, dores e alegrias.      Bem vindos(as) ao meu mundo.     Odisseia da Trans

         A música de hoje não presta?     Depende de quem analisa e sob qual ponto de vista. Tomemos o hoje como sendo o hoje mesmo, 01 de janeiro de 2021. O que temos para trás? Séculos de produção desde que a música se tornou um bem imaterial, uma expressão cultural e artística, um acessório ritualístico, e tudo o que ela pôde ser até então.      Olhando em retrospectiva tivemos momentos diversos na história onde a música ocupou funções diferentes na sociedade, um historiador consegue analisar isso de forma desapaixonada sem envolver suas preferências. Mas a maioria das pessoas vai pender a sua análise para o seu gosto pessoal, e essa preferência é fortemente influenciada por experiências afetivas com perfil psicológico.      A coisa mais comum é ouvir nossos pais dizerem "naquele tempo é que se fazia música boa, a música de hoje não presta." e bem sabemos que uma das funções essenciais da arte é representar através de sua expressão o espírito da época onde ela está sendo g