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Mostrando postagens de outubro, 2020

Orgulho da mamãe!!

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      Gentêêêê êêêêêêêêêêêêêêêêêêêê!!!! Olha aí o orgulho da mamãe!! Esse menino lindo lançando clipe novo com suas amigas maravilhosas... e eu só corujando! Curte aí, dá o seu like e compartilha com os amigos. Beijos.     Débora Zimmer - Mãe coruja
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     Olá a todas e todos. Laerte Coutinho despensa apresentações. Mais afiada do que nunca agora publica com frequência tirinhas para o nosso deleite. Acompanhem em seu blog oficial. Manual do minotauro - Laerte Coutinho  

Onde eles estão?

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            Há algum tempo eu havia desistido de escrever textões. Entretanto, recentemente meu amigo Gustavo Conde me convenceu de que por conta do momento há uma necessidade latente do exercício da dialética. Se continuarmos a insistir em um mundo de simbologismo gratuito (leia-se imperialismo de memes) corremos o risco de perder a capacidade de explorar em profundidade o mundo das ideias através da semântica e da etimologia. E bem mais do que sempre foi, é necessário dialogar porque a lacração não é suficiente para sustentar a imposição de sentido semiótico...(as vezes tenho a impressão que não aprendemos nada desde a explosão cambriana)            Na esteira deste raciocínio vem o conjunto de "perguntas que não querem calar". Tenho uma coleção delas. Mas, uma em especial me persegue desde que comecei minha vida artística. Para contextualizar, aqui vai, antes da pergunta um pequeno resumo.      Sou uma pessoa com deficiência desde os 7 meses de idade. Desde os 10 anos sou

Maria

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       Se não me engano, se chamava Jefferson, já não me lembro. Era o irmão de um amigo que visitamos por volta de 2002/2003 e ele estava fazendo campanha para arrecadar fundos para a paróquia que ele frequentava através da venda de objetos pessoais, incluíndo uma quantidade bastante razoável de discos de vinil. Não era bem o meu interesse na época mas resolvi dar uma olhada para ajudar caso alguma coisa me interessasse. Me chamou muito a atenção o fato de os discos serem da época do lançamento e estarem absurdamente bem conservados, o dono realmente tinha um capricho especial no cuidado com os seus pertences. Como eu sei disso? Havia uma assinatura e data de compra em cada um deles, a maioria dos anos 1970.      Entre os discos encontrei uma verdadeira pérola, o primeiro lançamento chamado "First of All" de um conjunto holandês chamado "Pussycat" que até então eu achava que era americano por causa do seu maior hit, a música "Mississipi" que abre o lado B

Autoimagem

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  Foto de  Lhairton Kelvin Costa  no  Pexels      -A Maria Lis começou a andar com 10 meses! Disse minha amiga.      -O Gustavo andou com 11. Disse a outra.      -Eu andei com 8. Disse eu.      -Nossa! 8 meses? Perguntaram...      -8 anos. Respondi.      Não sei se foi mesmo com 8 anos que eu andei mas, se não, foi bem por aí. Eu tinha uma órtese com cinturão pélvico que odiava, não conseguia me mexer. Eu me sentia mesma dentro de uma "Iron Maiden"!! Meu pai percebendo que eu não ia usar aquela coisa fez a gentileza de serrar a parte de cima da órtese (o técnico do Sarah deve ter ficado uma fera) e me libertou da tortura. Deu tão certo que em pouco tempo eu estava andando pra todo lado e deixando minha mãe louca da vida quando ia passear sozinha pela vizinhança e demorava a voltar. Tinha vantagens! As vezes eu ia para a feira do P Norte, os feirantes ficavam com dó da minha condição e me davam frutas. Era bárbaro!! Serelepe, asas nos pés de alumínio voei para todos os cantos.

Aquendar ou a quem dar - eis a questão!

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  "No dicionário pajubá aquendar signifia "esconder a neca", técnica usada pelas travestis, mulheres trans, gays etc para poderem vestir calcinhas."      Eu sou capaz de imaginar o que passa na cabeça de algumas pessoas quando alguém resolve assumir-se transgênero. É comum nos comentários que recebo dizerem coisas como "Vá ser feliz", o que é um bom conselho embora paire no ar uma insinuação de que essa decisão tem a ver com questões de ordem sexual e a felicidade de uma pessoa deva estar diretamente relacionada a isso. Devem pensar "Ih, soltou a franga" ou "Vai dar pra Deus e o mundo".      Grande parte da sociedade ainda não entende que transgeneridade se trata de uma imposição de natureza psicológica sobre o corpo. A pessoa transgênero, seja homem ou mulher, não se reconhece no seu corpo físico, é uma questão de identidade e a sexualidade está em outro local do cérebro e do corpo. A forma como a pessoa reage a estímulos sensuais, ven

Lançamento do álbum Odisseia da Transmigração - Débora Zimmer

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Olá a todas e todos. Em breve meu primeiro álbum solo estará chegando nas principais plataformas digitais. Enquanto não chega fiquem com esse pequeno teaser.   "A transmigração é uma doutrina filosófica religiosa que prega ser possível que uma mesma alma possa habitar diversos corpos após períodos longos no império dos mortos com o objetivo de buscar a purificação. Outras doutrinas também compartilham esse dogma com ligeiras diferenças e embora a maioria delas estejam em acordo quanto a crença de que o espírito não tenha gênero ou sexo a experiência da condição chamada disforia de gênero se assemelha a uma designação equivocada da ocupação de um invólucro físico de determinado gênero por uma alma de gênero oposto. Ainda segundo o Espiritismo, uma sequência longa de encarnações em um único gênero poderia imprimir certas características ao espírito fazendo com que este desenvolvesse dificuldades de adaptação ao habitar um corpo de gênero oposto. A sensação de ter encarnado no corpo

Entrevista com a cartunista trans Laerte Coutinho

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    Inteligentíssima, ousada, politizada, dona de uma percepção artística muito acima da média... tudo isso e mais um pouco. Matéria portal imprensa

Nome de Família

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  Imagem roubada do site omunicipio.com.br         A muitos anos atrás eu vi um filme indiano chamado "Nome de família". Neste filme, uma família indiana residente nos EUA teve um filho e o registrou como Gogol em homenagem ao escritor russo Nikolai Gogol. Na Índia existe uma tradição que uma criança pode ser registrada com um nome provisório e posteriormente ter o mesmo substituído por outro de sua preferência, o nome definitivo. Pelo menos foi assim no filme que passou a narrar a dificuldade da criança em lidar com o nome provisório tornado definitivo escolhido pelo pai já que nos EUA a tradição indiana não vale.  Imagine poder escolher o próprio nome, não seria ótimo? É possível, pela legislação brasileira, não sei se à revelia... Pelo menos ser transgenero nos dá esse poder, ou direito. É um dos sonhos de toda garota trans ser tratada pelo nome que representa sua identidade de gênero e isso já é realidade graças ao decreto 8.727.  Toda pessoa transgênero tem algo que